A Mesoterapia consiste numa técnica de administração de medicamentos sob a pele através duma pequena picada superficial. Para tal utiliza-se uma agulha muito fina e curta, o que torna o tratamento praticamente indolor. Esta técnica permite a deposição do medicamento no local da lesão, com uma duração do efeito mais prolongada e com uma probabilidade de efeitos secundários muito rara. A injeção pode ser realizada manualmente mas é mais frequentemente assistida com recurso a uma “pistola” (ilustrada na imagem). O tratamento deve ser aplicado exclusivamente por um médico. Trata-se de um método extremamente seguro. O material é esterilizado e de uso único (descartável). 

Que doenças podem ser tratadas? 
A mesoterapia é utilizada no tratamento da dor. Dentro das suas principais indicações destacam-se as patologias localizadas do aparelho músculo esquelético (ex: artrose, tendinites, bursites e fasceítes, entre outras) que se podem manifestar nos vários segmentos e articulações (coluna vertebral, ombro, anca, joelho, cotovelo, tornozelo, entre outros). 

Que medicamentos são utilizados? 
Geralmente é administrada uma mistura de 2 a 3 medicamentos. As classes de medicamentos mais utilizadas são os anti-inflamatórios não esteróides, os relaxantes musculares e os anestésicos locais. 

Quantos tratamentos são necessários? 
Não existe um número fixo de tratamentos prédeterminado. Este é definido pelo médico e dependerá de vários fatores, nomeadamente da patologia em causa bem como da resposta verificada ao tratamento. Geralmente são realizadas 3 a 4 sessões de tratamentos, com uma periodicidade semanal. 

Existem contra-indicações? 
As contra-indicações para o tratamento são aquelas ligadas aos medicamentos (ex: alergias) e ao modo de administração (existência de infeção ou alterações da integridade da pele). A realização de tratamento com anticoagulantes não é uma contra-indicação, mas deverá informar o seu médico. Os restantes tratamentos em curso (antiagregantes plaquetários, anti-hipertensores, antidiabéticos, antibióticos, etc) devem também ser referidos ao seu médico. 
 

Dra. Margarida Cantista