A Prótese da Anca ou Artroplastia da Anca, é uma das cirurgias mais gratificantes na cirurgia ortopédica moderna. Atualmente, em Portugal, são efetuadas cerca de 12000 próteses da anca por ano. As razões para esta intervenção são patologias da anca, causadoras de desgaste articular (artrose da anca) e, consequentemente, dor, rigidez, deformidade, encurtamento do membro inferior e claudicação. O principal motivo que leva um paciente a decidir pela cirurgia é o nível de dor. O momento para a cirurgia é decidido pelo doente, de acordo com o seu sofrimento e com a perda de qualidade de vida, podendo ser efetuada em qualquer idade.

O Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa (HE-UFP) tem uma equipa multidisciplinar especializada neste tipo de cirurgia, acompanhando a evolução técnica, académica, científica e tecnológia desta área de especialização médico-cirúrgica. Hoje em dia há múltiplos tipos de implantes, que variam no desenho (forma), no material e no revestimento. Os implantes podem ser fixados ao osso com ajuda de “cimento ósseo” (próteses cimentadas) ou de forma biológica (próteses não cimentadas).

A evolução nas equipas cirúrgicas, quer na técnica cirúrgica, como dos próprios médicos e enfermeiros, tem tendência para abordagens menos agressivas (incisões pequenas), recuperação mais fácil e mais rápida, numa coordenação interdisciplinar verdadeiramente eficaz tendo como objetivo principal o conforto e bem estar do paciente. Todo utente portador de uma prótese poderá ter necessidade de trocá-la, total ou parcialmente. A este procedimento chama-se “Revisão de Prótese”. Os pacientes devem recorrer a uma avaliação periódica com imagem de RX. Caso apareçam sinais de falência deve ser considerada a cirurgia de revisão.